É a estreia como diretor de Charlie Kaufman, o fascinente e excêntrico roteirista de filmes como "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", "Quero Ser John Malkovich" e "Adaptação". O filme reafirma as obsessões de Kaufman que são os assuntos existencialistas da mente humana. Neste, em especial, Kaufman fala sobre a solidão de todo mundo, o egoísmo, os medos, as paranóias... Tudo com uma singular agonia que existe pelo fato de ser ele o diretor.
No roteiro, Kaufman o faz com maestria,a começar pelo título que cabe perfeitamente pois sinédoque é a troca de termos que, no fundo, tem o mesmo significado. Todos os temas são representados na figura do dramaturgo Caden Cotard (que tem esse nome inspirado na síndrome de Cotard, na qual o portador acredita não ter orgãos, partes do corpo, ou até mesmo já ter morrido), um homem solitário, egoísta, egocêntrico, hipocondríaco , frustado e com dificuldades de relacionamento e de realizar algo concreto e significante para si, representação do próprio Kaufman. Diálogos inteligentes, metáforas (com o fogo, as micropinturas, o cenário-simulacro, a segunda filha, a tatuagem, a relação com o tempo...) referências artísticas do universo teatral e exercícios de metalinguagem de uma perspicácia rara; chegam ao final com a idéia de que na vida não existem coadjuvantes e que, esperando chegar o momento, Caden deixou sua vida se esvair e não fez nada!
Na direção, Kaufman se perde! Ele é tão obcecado em seus temas recorrentes que se torna pouco interessante, quando comparado a seus outros roteiros filmados. Quase que autista.
Além do roteiro quase que psicanalítico, outro ponto alto do filme é o elenco muito bem representado. Os destaques são para Catherine Keener (que é a musa de Kaufman e um nome muito forte no cenário independente, interpreta a primeira esposa de caden), Samantha Morton (que faz uma bilheteira inocente e louca, que mais tarde assume papel chave na vida deste homem) e para o ma-ra-vi-lho-so Philip Seymour Hoffman, aliás, é inevitável, terminou o filme eu pensei: Que grande ator ele é! Tudo que ele faz é tão particular e verdadeiro, a forma como ele mostra a solidão, a abdicação deste homem ao mundo e o modo como ele envelhece é tudo muito impressionante.
Enfim, um filme bom! De direção regular, roteiro esquisitamente encantador e elenco de pedir "bis". Vale super a pena!
No roteiro, Kaufman o faz com maestria,a começar pelo título que cabe perfeitamente pois sinédoque é a troca de termos que, no fundo, tem o mesmo significado. Todos os temas são representados na figura do dramaturgo Caden Cotard (que tem esse nome inspirado na síndrome de Cotard, na qual o portador acredita não ter orgãos, partes do corpo, ou até mesmo já ter morrido), um homem solitário, egoísta, egocêntrico, hipocondríaco , frustado e com dificuldades de relacionamento e de realizar algo concreto e significante para si, representação do próprio Kaufman. Diálogos inteligentes, metáforas (com o fogo, as micropinturas, o cenário-simulacro, a segunda filha, a tatuagem, a relação com o tempo...) referências artísticas do universo teatral e exercícios de metalinguagem de uma perspicácia rara; chegam ao final com a idéia de que na vida não existem coadjuvantes e que, esperando chegar o momento, Caden deixou sua vida se esvair e não fez nada!
Na direção, Kaufman se perde! Ele é tão obcecado em seus temas recorrentes que se torna pouco interessante, quando comparado a seus outros roteiros filmados. Quase que autista.
Além do roteiro quase que psicanalítico, outro ponto alto do filme é o elenco muito bem representado. Os destaques são para Catherine Keener (que é a musa de Kaufman e um nome muito forte no cenário independente, interpreta a primeira esposa de caden), Samantha Morton (que faz uma bilheteira inocente e louca, que mais tarde assume papel chave na vida deste homem) e para o ma-ra-vi-lho-so Philip Seymour Hoffman, aliás, é inevitável, terminou o filme eu pensei: Que grande ator ele é! Tudo que ele faz é tão particular e verdadeiro, a forma como ele mostra a solidão, a abdicação deste homem ao mundo e o modo como ele envelhece é tudo muito impressionante.
Enfim, um filme bom! De direção regular, roteiro esquisitamente encantador e elenco de pedir "bis". Vale super a pena!
Hey
ResponderExcluirExcelente Blog e adorei o post!
Sou completamente fã de Charlie Kaufman,pois dos roteiristas atuais: ele é o que tem mais garra pelas inovações,não fica presos a antigos padrões ou clichês.Gosto de como a narrativa nunca é tão linear...mas sempre possui um fio condutor!Estou com muita vontade de assitir a esse longa,mas ainda não tive tempo(Periodo de aulas é complicado),mas assim que ver venho postar minha opinião.
Espero encontrar nesse a boa interpretação de Philip Seymour Hoffman!(vide "Capote")
Se der me visite.